No próximo sábado, 7, completam-se 15 anos da Lei Maria da Penha, sancionada pelo ex-presidente Lula e, fundamental para coibir a violência contra a mulher. Infelizmente, mesmo com a lei, a violência contra as mulheres segue sendo uma problemática que se intensificou durante a pandemia.
Visitei a Coordenadoria da Mulher de Sapucaia do Sul e conversei com a Coordenadora Daiane Brandão Kirst e sua equipe, além do secretário municipal Geral de Governo, William Thiago de Borba, para saber um pouco mais sobre a realidade da violência contra a mulher no nosso município e quais ações estão sendo tomadas pela Prefeitura.
Além da proteção e apoio às mulheres vítimas de violência, a Coordenadoria busca oferecer amparo para o resgate da autonomia financeira e independência das mulheres, além de orientação sobre os seus direitos. A Prefeitura renovou, também, o contrato com um abrigo destinado a receber mulheres que sofrem violência e não tenham para onde ir.
Mesmo com o bom trabalho desenvolvido pela Coordenadoria da Mulher, ainda há desafios a serem superados: como a falta de um sistema que organize os dados de violência na cidade e registros dos atendimentos feitos pela Coordenadoria. São dados importantes, públicos e que devem estar à disposição com facilidade, como o número de feminicídios na cidade, por exemplo.
Outro desafio é com relação aos registros que chegam à Delegacia de Polícia da cidade e que, muitas vezes, não são encaminhados à Coordenadoria. Esta interlocução deveria funcionar melhor.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, através do Observatório da Violência contra a Mulher, em Sapucaia do Sul, de janeiro a junho deste ano, foram registradas 224 ameaças contra mulheres; 128 registros de lesão corporal; 18 estupros; 2 feminicídios consumados e 1 tentativa de feminicídio.
Precisamos seguir cobrando mais ações e realizando campanhas que objetivem a segurança das mulheres sapucaienses.
Denuncie:
Coordenadoria da Mulher de Sapucaia do Sul – 99291.6346 (Plantão 24 horas) e 3452.1838
